sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Produção dos jovens do Coexistência apresentadas no Encontro Público

Fanzini Prisão Sitemática


Produção dos jovens do GRADE apresentadas no Encontro Público


http://www.youtube.com/watch?v=jRjd8--VE3w

Preparação para o Encontro Público e Dia D!

Oi galera!
O encontro Público foi um arraso hein!?!
Produções de qualidade e muita animação marcaram mais este encontro inter ONGs e convidados.
O pessoal do CEU - DJ Ferrugem e técnicos de som - deram um show a parte também. Como sempre foram muito atenciosos com os jovens e equipe dos Jovens Urbanos.
Mas claro que para que a manhã de ontem fosse linda como foi, houve uma baita preparação antes.
Por aqui fizemos até várias simulações das apresentações, com todos opinando sobre o que poderia melhorar.
Vejam abaixo o relato da Jovem Urbana Bruna sobre um dos dias de preparação para o Encontro Público!
Espero que gostem!

Magna
Educadora - PJU Coexistência

03 de fevereiro de 2010
No momento palavra livre todos relembraram o que aconteceu no Clube do Itaú. Tantas histórias engraçadas resultaram em muitos risos.
A Magna perguntou o que todos acharam do dia no Clube. Scarlat revelou que tinha um garoto que parecia um Deus Grego.
Ela ficou com as Bochechas vermelhas de vergonha pela revelação. Todos gostaram do Clube, apesar dos materiais esportivos disponíveis ao PJU estarem danificados.
O encontro Público será no dia 11/02 e não mais no dia 09/02. Eu a Kelen e o Renan estamos nervosos com a nossa apresentação sobre o Fanzine “Prisão Sistemática”, porque estarão todos os jovens do Distrito do Grajaú nos assistindo. O Jonilei desistiu de apresentar conosco. Não entendi o motivo da desistência.
Ligamos os computadores. Os jovens animaram-se com a idéia de se conectarem a internet. Grupos foram foram designados a continuarem a organização das produções para a apresentação do encontro público e para pesquisar mais sobre a Vila Itororó e segregação sócio espacial.
Wellington Oliveira, Marcos e Izaias pesquisaram no Youtube formas de produzir vídeos. Eles viram tantos vídeos que acho que não sabiam mais o que pesquisar.
A Scarlat e a Laís digitaram o texto “[Contra]ste” e a entrevista com a D. Antonia na Vila Itororó.
A Patricia, a Andreza e o Wallas pesquisaram sobre jornalismo e materiais que utilizariam para produzir o Jornal Mural.
Andherson e Wellington Lima estavam concentradíssimos com a rima sobre segregação sócio espacial. Pelo jeito a rima ficará ótima!
O Jonilei fez um desenho sobre a Vila Itororó, no qual um homem carrega uma maleta cheia de dinheiro. A intenção é mostrar que os moradores recebem ofertas do poder público para deixarem a Vila Itororó, mas a resistência deles fortalece a história da Vila.
Hora do intervalo. A Zazá preparou as bandejas de biscoitos e refrigerantes. Mas o cheiro da da comida que ela estava preparando estava atraindo todo mundo. Até as pessoas que passavam na rua atraíram-se pelo cheiro da comida. Ai, que delicia!
Alguns jovens pediram para ver o orkut, quando todos foram surpreendidos. Os jovens da Vento em popa nos visitaram para produzirem um vídeo sobre casas em áreas de risco, que postarão no blog deles. (...)
Isso foi tudo o que aconteceu hoje...

Bruna Agra Melo – Coexistência

Clube do Itaú

A ida ao Clube foi 10!

Exploração Vila Itororó - turma da tarde!

Olá pessoal!!!

Antes de fazermos essa exploração, discutimos junto com o grupo a idéia de público e privado, e os problemas que isso pode levar seja dentro de um grupo ou na própria sociedade. O que é meu? O que é seu? O que é nosso? Nossa discussão trouxe algumas inquietações acerca do nosso direito à cidade, se ela realmente nos pertence ou se conseguimos utilizar os serviços públicos quando necessitamos. Assistimos uns vídeos sobre a desapropriação de casa no Jd. Panorama e na favela do Real Parque e falamos acerca do direito a moradia, que nessa situação foi negado em benefício das iniciativas privadas que construiriam imensos edíficios no lugar da desapropriação. O mais curioso nesse fato é o pequeno valor que os moradores estavam recebendo pelas suas casas e a supervalorização que um apartamento custaria depois de pronto. Para aprofundarmos a discussão sobre o direito a moradia, fomos visitar a Vila Itororó, que fica localizada no bairro da Bela Vista, bem próximo do centro.

A vila foi construída entre 1922 e 1929 pelo empreiteiro e comerciante português Francisco de Castro, com a proposta arquitetônica "de ocupação do espaço público pela comunidade". A vila com as suas formas arquitetônicas, suas estátuas e grandiosidade foram consideradas exóticas para época, porém o local hoje está completamente deteriorado.

Na década de 80 a vila entra em processo de tombamento histórico, e desde 97 os moradores enfrentam mandatos de despejo de suas moradias. Muitas familias moram lá a mais de trinta anos, e eles estão sendo tratados como meros invasores, quando construíram suas vidas na vila. Os jovens fizeram entrevistas, relatórios, tiraram fotos e filmaram o lugar. Surgiram algumas propostas de produções para serem realizadas à partir dessa exploração: construção de uma maquete retratante o choque social entre a vila e o entorno; um video como se fosse uma reportagem do jornal sobre a vila e os conflitos vividos por outros bairros sobre moradia; um painel com fotografias e textos falando acerca da vila.

Coindentemente ao tema de nossa discussão, na volta para suas casas, os jovens enfrentaram um imenso trânsito na Av. Belmira Marin, devido a uma manifestação feita pelos moradores do Jd. Lucélia por causa do alagamento de suas casas.

A comunidade já havia sido tomada pela água no dia 9 de janeiro e depois no dia 19, na qual os moradores acabaram fazendo um protesto. Na manhã do dia 20, os moradores fizeram novo protesto e foram até a Subprefeitura apresentar suas necessidades e reivindicações. Sem resposta sequer sobre a retirada do entulho (móveis, alimentos, roupas e colchões perdidos) gerado pela enchente, por volta das 18h, a população iniciou nova manifestação bloqueando a Avenida Dona Belmira Marin. Os móveis destruídos formaram barricadas.

O Tático da PM chegou ao local e disparou balas de borracha contra os manifestantes. Foram vistos vários Policiais sem as tarjas de identificação. Houve principio de confronto e a situação só foi se estabilizando por volta das 21h.

No dia seguinte, aprofundamos a discussão sobre moradia à partir do problema vivido na nossa região, falamos acerca dos direitos humanos e como isso muitas vezes é negado a população pobre, e o estado que deveria garantir os direitos dessa população, quando aparece na maioria das vezes é através da repreensão policial impedindo qualquer forma de manifestação ou crítica contra o governo.

Logo mais, colocarei novas postagens do que está ocorrendo no PJU da tarde. Até mais!!!

Abraços!

Marcelino
Educador PJU - Tarde